Chaves e Trás-os-Montes
Quis a natureza que, onde hoje se situa a cidade de Chaves, a água quente brotasse naturalmente do solo. Os romanos, apreciadores e crentes dos poderes curativos desta água, fundaram a cidade de Aquae Flaviae.
As manhãs frescas e belas do vale de Chaves, onde até o tempo se saboreia, vão recarregar-lhe a alma e dar início à descoberta do Alto Tâmega e Trás-os-Montes.
Chaves é também sede de um município com 39.910 habitantes (dados de 2016) situada no distrito de Vila Real, na antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro, nordeste de Portugall. O concelho é composto por 39 freguesias que ocupam uma área de 591,2 Km2 e faz fronteira com os municípios Vinhais (Este), Valpaços (Sudeste), Vila Pouca de Aguiar (Sudoeste), Boticas (Oeste) e Montalegre (Oeste). A Norte faz fronteira com Espanha.
Índice desta página
- Origem e História de Chaves
- Dados demográficos
- Meteorologia e clima típico da região
- O Município
- Como chegar até Chaves
- Onde ficar
- Gastronomia da região
- Lenda de Maria Mantela
- O que visitar em Chaves
- Informações úteis para quem visita
História de Chaves
A água quente que brotava, nesta região, de uma forma natural e espontânea proporcionou o estabelecimento da legião VII Gémina e a fundação da cidade romana de Aquae Flaviae.
Existem vestígios de presença humana na região que remontam ao Paleolítico. No entanto, foram as legiões romanas que, há cerca de dois mil anos, dominaram essa presença e construiram diversas fortificações e infraestruturas, como a ponte de Trajano.
O local fora escolhido pela água quente que nascia natural e espontãnea do solo. Uma água com poderes terapêuticos, perfeito para o recobro da sétima legião quando voltava de uma feroz batalha.
Seria fundada assim a cidade de Aquae Flaviae no ano de 79 d.c. em homenagem ao imperador Tito Flávio Vespassiano.
Os vestígios encontrados na área alta da cidade, ocupada hoje pela Igreja Matriz, fazem presumir que aí se situava o núcleo e centro cívico da antiga Aquae Flaviae. A rua Direita ainda apresenta traços do que foi o Fórum, o Capitólio e o Decúmanus . Foi nessa área que foram encontrados os mais importantes achados que podem ser contemplados no Museu da Região Flaviense.
As maiores termas romanas da Península Ibérica
Foi por mero acaso, quando a Câmara Municipal de Chaves iniciava a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, que as termas medicinais romanas foram encontradas. Os vestígios arqueológicos estão em excelente estado de preservação.
Pensa-se que foi um sismo no século IV que fez desabar a antiga construção romana e a manteve intocável por 17 séculos, até 2006.
Vai nascer aqui o primeiro museu termal romano português. Estará pronto em 2018 ou 2019.
“A intervenção contempla a colocação de maquetes com a reconstituição das ruínas, uma mesa táctil interactiva e exposição de artefactos, dando a conhecer a evolução e as vicissitudes do local, desde a construção do primeiro balneário até à actualidade.”
Para além das estruturas, as muralhas, as duas grandes piscinas e as sete pequenas piscinas individuais, foram descobertos vários objectos de uso pessoal, como adornos, anéis, pulseiras e metais que “estão em condições absolutamente incomuns” pelo facto de “as terras terem ficado húmidas e seladas durante todo este tempo”.
Período pós-romano
Com o terceiro século chegaram as invasões dos Suevos, Visigodos e Alanos, provenientes do leste europeu. E foi o fim, também aqui na Península Ibérica, do domínio do império romano. As guerras entre Remismundo e Frumário, que disputavam o trono, tiveram como consequência uma quase total destruição da cidade e a vitória de Frumário.
No início do século VIII, os mouros, povo muçulmano oriundo do Norte de África, invadiram a região e venceram Rodrigo, o último monarca visigodo que governava a região.
Com a invasão dos árabes, também o islamismo invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo o que determinou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas noroestinas com as inevitáveis destruições. As escaramuças entre mouros e cristãos duraram até ao século XI.
Reconquista cristã
A cidade foi reconquistada aos mouros no século IX, antes da existência de Portugal. Foi D. Afonso, rei de Leão que a reconstruiu parcialmente para que, pouco tempo depois, voltasse a cair no poder dos mouros. Posteriormente, já no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, resgatou-a definitivamente, reconstruindo-a totalmente e fortificando-a com muralhas em todo o perímetro.
Só em 1160 é que Chaves foi integrada no reino de Portugal, com a intervenção dos lendários Ruy e Garcia Lopes tão intimamente ligados à história desta terra.
Foi já D. Dinis que mandou construir o castelo bem como fortificar a muralha. Dessa forma, o reino vizinho teria mais dificuldade em ameaçar a fronteira norte do Reino de Portugal.
Primeiro Foral e elevação à categoria de cidade
Em 1258 foi concedido o primeiro foral (15 de Maio de 1258), atribuido por D. Afonso III. O Foral foi confirmado por D. Manuel I em 1514.
No dia 12 de Março de 1929 Chaves foi elevada à categoria de cidade.
Dados Demográficos
Chaves em números | 2001 | 2011 | 2016 | Variação (2001-2016) |
---|---|---|---|---|
População residente | 43.563 | 41.281 | 39.910 | -8,4% |
População jovem (< 15 anos) (%) | 14,4% | 11,9% | 10,9% | -24,3% |
População em idade ativa (15-65 anos) (%) | 65,6% | 63,8% | 62,9% | -4,1% |
População idosa (>65 anos) (%) | 20,0% | 24,2% | 26,3% | 31,5% |
Índice de envelhecimento (idosos por cada 100 jovens) | 138,6 | 202,8 | 241,9 | – |
Indivíduos em idade activa por idoso | 3,3 | 2,6 | 2,4 | -27,3% |
Nascimentos | 322 | 254 | 229 | -28,9% |
Óbitos | 483 | 490 | 547 | 13,3% |
Saldo natural (diferença entre nascimentos e óbitos) | -161 | -236 | -318 | – |
Sociedades Constituídas | 78 | 95 | 81 | -25,0% |
Sociedades Dissolvidas | 10 | 121 | 73 | 630,0% |
Desempregados inscritos no centro de emprego | 1.506 | 2.566 | 3.333 | 54,9% |
Estimativa da taxa de desemprego (Desempregados inscritos por % população em idade ativa) | 5,3% | 9,7% | 9,3% | 75,5% |
Beneficiários do sub. de desemprego (em % pop. 15 ou mais anos) | 160 (0,4%) | 702 (1,9%) | 536 (1,5%) | 235,0% |
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Clima de Chaves
Ao planear uma visita à afável cidade de Chaves é útil saber o clima típico da região e a previsão do estado do tempo para o período da sua deslocação. Assim, apresentamos aqui essa informação para que melhor usufrua de umas pequenas férias nesta região de Portugal.
Clima típico de Chaves
O verão é curto, morno, seco e de céu quase sem nuvens; o inverno é fresco, com chuva frequente e céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 4 °C a 30 °C e raramente é inferior a -1 °C ou superior a 36 °C.
A melhor época do ano para visitar Chaves e realizar atividades de clima quente é do início de Julho ao fim de Agosto. Neste período, a probabilidade de chuva está perto dos 0%.
Previsão para os próximos dias
Se está a pensar deslocar-se a Chaves nos próximos 4 dias, deixamos aqui a previsão metereológica para esse período.
Município de Chaves
O concelho é constituído pelas seguintes freguesias:
- Águas Frias
- Anelhe
- Bustelo
- Calvão e Soutelinho da Raia
- Cimo de Vila da Castanheira
- Curalha
- Eiras, São Julião de Montenegro e Cela
- Ervededo
- Faiões
- Lama de Arcos
- Loivos e Póvoa de Agrações
- Madalena e Samaiões (cidade)
- Mairos
- Moreiras
- Nogueira da Montanha
- Oura
- Outeiro Seco
- Paradela
- Planalto de Monforte
- Redondelo
- Sanfins
- Santa Cruz/Trindade e Sanjurge (cidade)
- Santa Leocádia
- Santa Maria Maior (cidade)
- Santo António de Monforte
- Santo Estêvão
- São Pedro de Agostém
- São Vicente
- Soutelo e Seara Velha
- Travancas e Roriz
- Tronco
- Vale de Anta
- Vidago
- Vila Verde da Raia
- Vilar de Nantes
- Vilarelho da Raia
- Vilas Boas
- Vilela Seca
- Vilela do Tâmega
Informações úteis
Habitantes: 39.910 (2016)
Área: 591,2 Km2
Densidade populacional: 67,5 hab/Km2
Feriado Municipal: 8 de Julho (todos os feriados municipais portugueses)
Gentílico: Flaviense
Nº de Freguesias: 39
Ano da fundação do município: 1258 (1º foral)
Código postal: 5400-XXX
Antigo indicativo telefónico: 276
Polícia: Rua Fonte Leite – Tel: 276322169 (GNR)
Bombeiros: Campo Fonte – Tel: 276322122
Hospital: Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro – Tel: 276300900
Emergência Médica: 112 (válido para todo o país)
Correios: Avenida Nuno Álvares, 46 – Tel: 276301110
Como chegar
De avião
O aeroporto internacional mais próximo de Chaves é o Aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto (OPO) que fica a cerca de 150 Km. O trajeto mais rápido, que inclui portagens, é pela A7 até Vila Pouca de Aguiar e depois pela A24, até chegar ao destino. Demora pouco mais de uma hora.
Também é de considerar o Aeroporto de Vigo, em Espanha, que se situa a 185Km. Mas para quem viaja desde fora da União Europeia terá que lidar com os trâmites burocráticos de dois países estrangeiros diferentes. Poderá ser uma dor de cabeça adicional que quererá evitar.
De comboio
A Estação Ferroviária de Chaves foi desativada e o troço Chaves-Vila Real foi encerrado em 1990. A estação de Vila Real encerrou em 2010. A ferrovia, definitivamente, não é uma solução de transporte nesta região.
De carro
Para quem vem de Espanha: Apanhar a Autovia A-52 e sair para a A-75 na saída 160 (em direção a Portugal). Ao passar a fronteira a Autopista A-75 transforma-se na Auto-Estrada portuguesa A-24. Saír na saída 21 em direção a Chaves.
Para quem vem do Porto: O mesmo trajeto Aeroporto Francisco Sá Carneiro – Chaves
Para quem vem do Sul (Lisboa): A1 até ao Porto
Gastronomia
São muitos os petiscos associados a esta região. Aproveite a visita à cidade para deliciar-se com saborosa gastronomia local.
Pastel de Chaves
Reza a história que, no longínquo ano de 1862, uma vendedora ambulante percorria a cidade com uma cesta. Na cesta tinha para vender uns pastéis de forma estranha e de sabor delicioso. A quantidade não foi suficiente para todos os flavienses que os queriam provar. Diz-se que a fundadora da Casa do Antigo Pasteleiro comprou a receita à vendedora por uma libra.
É um pastel de massa folhada com recheio de carne, de sabor muito particular e, acima de tudo, delicioso.
Folar de Chaves
A tradição do folar é tão antiga, que não é possível conhecer a sua origem. É um pão generoso, doce, com presunto e outros produtos fumados no interior.
O Fumeiro
O Presunto de Chaves é considerado o melhor presunto português. Apenas o porco bísaro é utilizado na sua produção. O processo de criação do porco, a forma de abate, o desmanchar, o pendurar e a cura são caraterísticas específicas deste produto regional.
A Alheira, a linguiça o salpicão, a Chouriça de Cabaça e a Bucheira são produtos de fumeiro especiais da região e igualmente deliciosos.
Onde ficar
Chaves é conhecida pelas suas água medicinais, que brotam naturalmente da terra à temperatura de 74 graus. Por esse motivo, não podiamos deixar de começar por recomendar o melhor de todos, e também o mais antigo, o Vidago Palace.
Vidago Palace
Uma decoração majestosa, estilo Belle Époque, fundida com pormenores modernos e funcionais, resultando numa harmoniosa combinação que necessita de ser sentida para ser compreendida.
Piscina, SPA e campo de Golfe, quatro restaurantes à escolha, fazem deste alojamento a melhor escolha, mas só para algumas bolsas. Poderá verificar a disponibilidade e preços do Vidago Palace no site Booking.com. Pelo site os valores da reserva são sempre mais baixos.
Para bolsas mais moderadas, como a minha, existem muitas opções de elevada qualidade.
Primavera Perfume Hotel
Está localizado a 16Km de Chaves, em Vidago. Tem uma excelente relação qualidade/preço e está dotado de todos os equipamentos para tornar a sua estadia perfeita.
Percorra os trilhos pedestres recomendados, ou visite o Balneário Pedagógico de Vidago. Conheça todos os detalhes deste hotel e faça já a sua reserva online.
Hotel Forte de São Francisco
Situado num edifício histórico do século XVII, dispõe de um jardim de 15.000 m² com uma fantástica piscina exterior. Localizado mesmo no centro da cidade de Chaves, muito perto da Ponte Romana e do Castelo de Chaves. Inclui um restaurante que, além dos pratos saborosos, oferecem uma vista fantástica sobre a cidade e as montanhas. Preços bastante acessíveis para o comum dos mortais.
Lenda de Maria Mantela
Maria Mantela morava, com seu marido Fernão Gralho, numa casa da rua da Misericórdia, junto à Igreja Matriz. Era um casal abastado, que vivia de rendimentos. Assim, Fernão Gralho podia dedicar-se ao seu prazer favorito, a caça.
Um dia, estando Maria Mantela grávida, passeava com o marido nos arredores da vila, quando foi abordada por uma mulher pobre com dois filhos gémeos abraçados ao peito. A desconhecida implorava, em lágrimas, por uma esmola para mitigar a miséria da sua pobre família. O marido emocionado com a cena, socorreu-a dando-lhe uma esmola. Mas Maria Mantela não se compadeceu. Pelo contrário, tratou-a duramente questionando a sua honestidade e disse não compreender como é que a mulher de um só homem pudesse gerar dois filhos.
A mendiga, injuriada, respondeu-lhe desejando que Maria Mantela não fosse castigada pelo que acabara de dizer.
Esta mensagem ficou sempre no espírito de Maria Mantela e uma certa sensação de remorso angustiava a diariamente. Quando chegou o momento do parto, o marido estava ausente, numa das suas caçadas. Qual não foi o espanto quando dela nasceram sete gémeos, todos gerados ao mesmo tempo, apesar de ela ter sido sempre fiel ao marido.
Ficou tão aflita lembrando-se do que tinha pensado e dito à mãe dos gémeos que não teve coragem de apresentar ao marido os sete filhos. No seu estado de aflição e loucura, encarregou a ama da casa que lançasse ao rio Tâmega seis dos recém nascidos, deixando ficar somente o que lhe parecesse mais robusto e bem constituído.
A ama saiu, ao cair da tarde, para cumprir a missão, levando num cesto coberto os seis gémeos e preparava se, a meio das Poldras, para lançar na forte corrente do rio os pequenos inocentes, quando avistou o Fernão Gralho que a observava da margem do rio.
Veio ao seu encontro e inquiriu-a sobre o que fazia com aquele cesto, naquele local. A mulher procurou uma desculpa dizendo que a cadela tivera sete cachorrinhos e que ela vinha afogar seis, ficando em casa o de melhor raça. Porém o Gralho, pediu para os ver e então deparou com os seis meninos.
Ferrão Gralho, como homem compassivo que era, compreendeu a loucura da esposa que estivera a ponto de cometer um crime que a acompanharia a vida toda e perdoou-a desde logo. Tomou conta do cesto e ordenou à criada que fosse para casa participar o cumprimento das ordens que a senhora lhe dera, guardando segredo sobre a entrega dos recém nascidos.
De seguida deslocou-se a seis aldeias do concelho de Chaves a confiar a outras tantas amas a sua criação. Passaram dez anos sem que Fernão Gralho desse a entender à esposa o segredo que guardava. Entretanto ela vivia uma vida tortuosa com o remorso pelo crime que havia cometido com os seus filhos.
No primeiro dia do ano que começava, Gralho decidiu festejá-lo com um farto banquete. Informou a mulher pedindo lhe que tratasse de tudo pois tinha seis amigos como convidados. À hora da refeição, quando Maria Mantela se dirigiu à mesa do banquete ficou muda de espanto; é que sentados, não estava só o filho, estavam sete rapazinhos todos iguais em feições e vestuário, de tal forma que ela não sabia dizer qual era o que ela tinha criado.
O marido então esclareceu todos os acontecimentos acalmando enfim o sofrimento daquela alma tão longamente angustiada. Os sete gémeos, diz ainda a lenda. tornaram se sete padres, paroquiando sete igrejas que fundaram com a invocação de Santa Maria. São elas a Igreja de Santa Maria de Moreiras, Santa Leocádia, Santa Maria de Calvão, o mosteiro de Oso já desaparecido e metade da Igreja Matriz de Chaves, Santa Maria de Émeres no concelho de Valpaços e Santa Maria de Vilar de Perdizes do concelho de Montalegre.
Na Igreja de Santa Maria Maior de Chaves. junto ao altar mor, em tempos passados existia um epitáfio, testemunho real da fundamentação da lenda e que dizia: “Aqui jaz Maria Mantela, com seus filhos à roda dela”.
in Lenda descrita em 1634 por D. Rodrigo da Cunha, Arcebispo de Braga
O que visitar em Chaves
Ponte de Trajano
Ponte romana sobre o rio Tâmega, construída entre os séculos I e II DC, no tempo do Imperador Trajano.
Com 150 metros de comprimento, assenta sobre arcos de volta perfeita construídos em granito. Doze arcos são visíveis e há mais seis soterrados de um e de outro lado. A meio da ponte erguem-se duas colunas, a montante e a jusante, com inscrições que invocam os nomes dos imperadores Trajano, Vespasiano Augusto e Tito Vespasiano, e as populações de 10 povos que contribuíram para a sua construção.
Castelo de Chaves
Apenas sobreviveram a Torre de Menagem e uma muralha. Foi destruído no século XIII, e reconstruído no século VIV por D. Dinis. O castelo, situado no ponto mais alto da cidadela medieval, evoluiu de uma antiga edificação romana. Desde 1978 está aqui instalado o Museu Militar.
Igreja Matriz
A Igreja de Santa Maria Maior, conhecida pelos flavienses como Igreja Matriz de Chaves, foi construída no século XII. O exterior tem um traço renascentista, permanecendo o estilo românico apenas na torre sineira, no pórtico e nas imagens de Cristo e Santa Maria. Já o interior conserva o ambiente românico, escuro e recolhido.
Igreja da Misericórdia
Igreja de estilo Barroco, foi edificada no século XVII. O tecto é de madeira pintada e tem representada a cena da Visitação. O altar é de talha dourada, prefusamente decorado com querubins, cachos e volutas. Está localizada na Praça de Camões, perto do edifício dos Paços do Concelho (Câmara Municipal).
Praça de Camões / Paços do Concelho
É a praça principal da cidade de Chaves. É aqui que se ergue o edifício dos Paços do Concelho, o mais belo palacete da cidade. Foi construído em meados do século XIX pelo morgado de Vilar de Perdizes, António Pereira Coutinho. Pertence ao município de Chaves desde 1861 (na foto ao lado esquerdo).
Nesta mesma praça, encontramos também o Paço dos Duques de Bragança. Um edifício mais sóbrio, mas também imponente, onde funciona o Museu da Região Flaviense (na foto ao lado direito). Foi construído no século XV para receber o primeiro Duque de Bragança, D. Afonso.
Pedra Bolideira
Talvez devesse ser “bulideira”, mas o nome que chegou até nós escreve-se mesmo com “o”.
Está localizada a 18 Km do centro da cidade de Chaves, junto à Nacional 103, na Serra do Brunheiro. É um dos muitos blocos de granito espalhados pela serra, mas é, sem dúvida, o mais curioso. Qualquer pessoa consegue movê-lo, embora pese muitas toneladas.
Castelo de Monforte do Rio Livre
Começou por ser um castro pré-histórico mas integra o território português desde o início da nacionalidade.
Quando em 1273, a povoação recebeu foral de D. Afonso II, iniciaram-se as obras da sua construção que só terminaram no reinado de D. Dinis, em 1312.
Durante a Guerra da Restauração da independência, as defesas de Monforte foram modernizadas, adaptando-as aos tiros da artilharia. Assim, foram erguidos um meio-baluarte e outras estruturas, a leste da torre de menagem medieval.
Ver Castelo de Monforte no Google Maps (fica a menos de 14 Km de Chaves)
Parque de Vidago
Não necessita de estar hospedado no Hotel Vidago Palace para poder usufruir da beleza do seu parque.
Está aberto ao público em geral até às 19h00. Assim, é possível admirar a sua riqueza botânica, onde magnólias, plátanos, cameleiras, azevinho, pinheiros ou alfazemas se misturam numa deslumbrante combinação e ocultam misteriosamente um bonito lago, pacífico e sossegado. E, como não podia deixar de ser referido, as quatro fontes dispersas pelo parquer.
É possível provar a água da Fonte da Água de Vidago, junto ao Hotel, em pequena quantidade. Esta Fonte está aberta todos os dias, de Maio a Outubro, das 8H00h à 19H00. Nos meses de Novembro a Abril, das 10H00 às 12H00 e das 14H00 às 16H00, excepto segundas e terças feiras. Situado a menos de 20Km do centro de Chaves. Ver no Google Maps.
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