Convento de Cristo


A origem do Convento de Cristo em Tomar está ligada à origem do próprio reino de Portugal e à presença dos Templários na Península Ibérica.

Era tempo de combate aos reinos islâmicos e à sua expansão. Era, aliás, o tempo das Cruzadas. É, dessa forma, que os Templários se associam aos novos reinos cristãos da península ibérica.

Convento de Cristo - Claustro Dom João II
Claustro Dom João II

Neste artigo:

Os Templários ou Cavaleiros do Templo

Os cavaleiros templários chegaram a Portugal em 1128 com o intuito de auxiliarem o recém-criado reino na reconquista dos territórios do Sul aos mouros. Em 1159, irão receber de D. Afonso Henriques, pela sua participação nas conquistas de Santarém e de Lisboa (1147), um vasto território situado a meia distância entre Coimbra e Santarém, o Termo de Ceras. Nesta região fundaram, assim, o Castelo e Vila de Tomar.

Cavaleiros da Ordem de Cristo

Em 1312, no seguimento das perseguições contra os Templários perpetradas por Filipe IV, rei de França, a Ordem foi extinta, pelo papa Clemente V. No entanto, D. Dinis logra manter os cavaleiros e os bens dos Templários, sob o nome de uma nova ordem de cavalaria. Esta ordem estaria circunscrita apenas ao seu Reino, e o nome seria «Cavaleiros da Ordem de Cristo».

O conjunto monumental Convento de Cristo

Convento de Cristo é o nome pelo qual é geralmente conhecido todo o conjunto monumental. É, dessa forma, constituído pelo Castelo Templário de Tomar, o convento da Ordem de Cristo da época do Renascimento, a cerca conventual, hoje conhecida por Mata dos Sete Montes, a Ermida da Imaculada Conceição e o aqueduto conventual, também conhecido por Aqueduto dos Pegões.

O conjunto monumental do Convento de Cristo

História do Convento de Cristo

O castelo teve a sua fundação em 1160 e compreendia a vila murada, o terreiro e a casa militar situada entre a casa do Mestre, a Alcáçova, e o oratório dos cavaleiros, em rotunda, a Charola, esta concluída em 1190.

Em 1420, com o castelo então sede da Ordem de Cristo, o Infante D. Henrique, o Navegador, transforma a casa militar num convento, para o ramo de religiosos contemplativos que ele introduz na Ordem de Cristo. Da mesma forma, adapta a Alcáçova para sua casa senhorial.

No início do século XVI, D. Manuel I, Rei e Governador da Ordem de Cristo amplia a Rotunda templária para ocidente. Uma nova construção extramuros inicia um discurso decorativo que celebra as descobertas marítimas portuguesa, a mística da Ordem de Cristo e da Coroa numa, sem dúvida, grandiosa manifestação de poder e de fé.

Igreja manuelina
Igreja manuelina

A partir de 1531, com a reforma da Ordem de Cristo, por D. João III, vai ser construído o grandioso convento do renascimento, contra o flanco poente do castelo, e rodeando a Nave Manuelina. O convento verá a sua conclusão com o aqueduto com cerca de 6 km de extensão, com Filipe II de Espanha, e com os edifícios da Enfermaria e da Botica, no tempo que sucedeu à guerra da Restauração.

Património da Humanidade

O conjunto destes espaços, construídos ao longo de séculos, faz do Convento de Cristo um grandioso complexo monumental que mereceu a classificação de Património da Humanidade, pela UNESCO.

Janela do Capítulo
Janela do Capítulo

Visitar o Convento de Cristo

O Convento de Cristo fica situado na cidade de Tomar. Poderá visitar o conjunto monumental nos seguintes horários:

  • De Outubro a Maio, das 09h00 às 17h30 (última entrada às 17h00)
  • De Junho a Setembro, das 09h00 às 18h30 (última entrada às 18h00)
  • Encerrado: 1 de janeiro, 1 de março, domingo de Páscoa, 1 de maio, 25 de dezembro

Preço do bilhete normal: 6€ (bilheteira online)

Isenções:

  • Todos os dias: Crianças e jovens até aos 12 anos inclusivé.
  • Aos domingos e feriados: todos os cidadãos residentes em território nacional.

Descontos

  • Visitantes com idade igual ou superior a 65 anos* – 50%
  • Cartão de estudante não enquadrado em visita de estudo – 50%
  • Cartão Jovem – 50%
  • Bilhete Família (1/2 adultos + mínimo 2 menores de 18 anos) 50%

Mapa de Localização

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Referências externas e bibliografia

Miguel Pinto

Sou o editor principal do site Cidades Portuguesas. Adoro explorar todos os pormenores que deram origem à riqueza cultural das povoações portuguesas. Neste site pretendo dar a conhecer as cidades através dos seus monumentos históricos, das suas igrejas, das suas gentes.

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