O Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Portalegre é a homenagem da cidade à ação heroica e valorosa dos filhos da terra que perderam a vida pela Pátria.
Quando visitamos Portalegre não podemos deixar de admirar, além dos muitos motivos de grande interesse que esta bonita e risonha cidade nos oferece, o monumental plátano que se encontra no Rossio e que foi mandado plantar nos meados no século XIX pelo Presidente da Câmara, José Maria Grande. Essa árvore apresenta-nos, com efeito, umas medidas verdadeiramente excecionais no que respeita à sua altura e perímetros do tronco e da copa.
É perto deste plátano que se ergue, assim, o Monumento aos Mortos da Grande Guerra.
O projeto e a inauguração
O projeto partiu da iniciativa do Grémio Transtagano e é da autoria do oficial de artilharia Lacerda Machado e a modelação do artista Henrique Moreno.
No dia 24 de maio de 1920 foi assente a primeira pedra. A cerimónia foi, então, presidida pelo então Ministro da Guerra, Estêvão Águas. Teve igualmente a presença de representações de várias Unidades militares.
A inauguração, todavia, teve lugar apenas a 11 de novembro de 1935, 15 anos depois, com a presença do Ministro da Guerra assim como de outras Entidades Oficiais.
Caraterísticas do monumento aos mortos da grande guerra de Portalegre
O monumento tem uma base com degraus em pedra onde assenta um padrão. É provável que esse padrão seja inspirado nos erguidos pelos navegadores portugueses. Consiste numa coluna encimada pelo Escudo Nacional assim como pela Cruz de Cristo.
Junto à coluna encontra-se uma figura alada representando a Vitória. Segura na mão esquerda uma espada e, do mesmo modo, na direita a coroa da glória. Em redor vê-se uma vedação de correntes de ferro apoiadas em peças de artilharia com as bocas implantadas no solo.
No plinto da base estão inscritas as legendas:
“AOS MORTOS DA GRANDE GUERRA”
“POR INICIATIVA E ESFORÇOS DO GRÉMIO TRANSTAGANO”
Os heróis de Portalegre
Os filhos de Portalegre falecidos na Primeira Guerra Mundial pertenciam sobretudo ao Regimento de Artilharia de Montanha. Esta unidade foi muito sacrificada nas lutas em África e, por esse motivo, veio a merecer a Cruz de Guerra e a Torre e Espada. Pertenciam ainda ao Regimento de Infantaria 22 que, sob o comando do Coronel Adriano Augusto Trigo, se portou de forma inegavelmente brilhante em França.
Foi a sua bandeira, condecorada com a Cruz de Guerra de 1ª classe, que veio a desfilar à frente do contingente português na parada da vitória realizada a 14 de julho de 1918, em Paris, ao longo dos Campos Elísios, tendo como verdadeiro símbolo o Arco do Triunfo que ali se encontra.
Localização
Este monumento está situado na Avenida da Liberdade e, com toda a certeza, não passa desapercebido. Ver no mapa.
Referências
- Roteiros Republicanos, António Ventura, 2010
- Blog Largo dos Correios – Monumentos aos Mortos da Grande Guerra
Fotografias:
- Vista geral do monumento, Vitor Oliveira Wikimedia Commons
- Pormenor do Monumento, Vitor Oliveira, flickr
Artigos Recentes
Descobrindo Águeda: Encanto e História em Terras Portuguesas
Descubra a cidade de Águeda através deste nosso guia que inclui a história, os locais a visitar e muita informação útil para o visitante.
Visite a cidade de Ovar, uma encantadora localidade do litoral português. Conheça a sua história, culinária e pontos turísticos incríveis.