Monumento à Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul


O Monumento à Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul pretende homenagear Gago Coutinho e Sacadura Cabral pelo seu enorme feito levado a cabo em 30 de março de 1922.

A ligação aérea entre Portugal e o Brasil não tinha ainda sido efetuada por ninguém.

Monumento à Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul

A preparação da Travessia Aérea

A preparação do voo foi feita com todo o cuidado, tendo início cerca de três anos anos. Tudo foi minuciosamente estudado pelos dois oficiais.

Escolheram o hidroavião Fairey, de origem inglesa, pois este tipo de aparelho dava garantias de amaragem em caso de avaria.

A viagem teria o apoio do cruzador República, do aviso 5 de Outubro e da canhoeira Bengo.

A Viagem Portugal-Brasil

Foi então no dia 30 de março de 1922, tendo como pano de fundo a Torre de Belém, encimada por um belo e completo arco-íris, que o hidroavião Luzitania partiu “face ao vento e a toda a força do motor Alea Jacta Est” (a sorte está lançada) – tal como escreveu Sacadura Cabral no seu diário de bordo.

O avião seguiu a rota previamente definida por Las Palmas (Canárias), São Vicente de Cabo Verde, Cidade da Praia, Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha e, por fim, Rio de Janeiro. À chegada, os dois pilotos tiveram uma receção triunfal.

Os precalços

Foi mais do que um precalço, foi mesmo um acidente grave. No entanto, apenas o avião ficou danificado. A metódica preparação da viagem previa quase tudo, até um avião de reserva. Após o incidente nos Penedos, foi utilizado o avião de reserva e a viagem prosseguiu.

Inovação tecnológica nos instrumentos de navegação

Gago Coutinho, notável geógrafo e navegador, e Sacadura Cabral, um prodígio de inteligência, audácia e tenacidade, estudaram e preconizaram adaptações aos processos tradicionais de navegação. O facto do horizonte sobre o mar não estar sempre visível fazia com que as leituras dos instrumentos não fossem corretas. A rota, muito acima do nível do mar, e velocidade muito superior à alcançada pelas embarcações mais rápidas, eram problemas adicionais.

Gago Coutinho fez uma adaptação ao Sextante de Newton, de modo a poder utilizá-lo sem horizonte de mar. Uma adaptação, com um nível de bolha, criava um horizonte artificial.

O Monumento à Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul

Existem vários monumentos no país a celebrar esse feito. No entanto, este está próximo do local de onde o avião partiu, junto ao Tejo, perto da Torre de Belém, em Lisboa. É uma réplica do hidroavião Fairey, com os seus pilotos, assente numa base em forma de rampa de lançamento.

Ver a localização no mapa do Monumento à Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul (no Google Maps).

Aproveite a proximidade de Queluz e visite o magnifico palácio nacional.

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