Moura é uma cidade portuguesa localizada na típica região do Baixo Alentejo. Pertence, do mesmo modo, ao distrito de Beja e faz fronteira com Espanha a sudeste e confina com o Rio Guadiana a oeste.
É um território onde a vida corre naturalmente, num harmonioso equilíbrio entre o Homem e o meio ambiente à sua volta.
É sede de um município dividido em cinco freguesias e estende-se assim por uma área de 960 Km2. No ano de 2016 estavam registados 14161 residentes no concelho de Moura tendo por isso uma densidade populacional de 14,75 habitantes /Km2.
Índice desta página
- História
- Locais a visitar
- O município de Moura
- Como chegar
- Clima e previsão metereológica
- Economia da região
- Informações úteis para quem visita
- Comer bem em Moura
- Onde ficar
- Referências e bibliografia
História de Moura
Pré-história
A ocupação humana deste território é comprovada pelos vestígios detetados na zona de Santo Aleixo, particularmente na Herdade da Negrita, onde se encontra um importante conjunto megalítico.
Naturalmente, pela proximidade da água e pela riqueza em minérios, os humanos foram-se fixando por aqui desde muito cedo na história.
Sabe-se que o Castelo de Moura assenta sobre um povoado da Idade do Ferro, contemporâneo do Castro da Azougada, dos Ratinhos e do Álamo, onde em 1930 foi feito um importante achado de cinco peças em ouro, atualmente depositado no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia.
Período Romano
A época de dominação romana prolongou-se entre o século III a.c. e o século V d.c. e foi de grande importância económica para a região. Arucci foi o nome de Moura neste período, evoluindo eventualmente para Nova Civitas Aruccitana. Abundam as aras e as cupae, monumentos epigráficos e funerários, estando alguns deles conservados no Museu Municipal.
Invasões Muçulmanas
Seguiu-se, posteriormente, o período de dominação islâmica onde o nome da povoação foi alterado para Al-Manijah.
Durante a ocupação romana da Península Ibérica, a cidade de Moura chamar-se-ia Arucci ou Nova Civitas Aruccitana. As invasões muçulmanas alteraram o seu nome para Al-Manijah. A designação atual de Moura surge ligada à Lenda da Moura Salúquia.
Lenda da Moura Salúquia
Era senhora da vila de Moura, que outrora se chamava Arucia a Nova, uma moura de nome Salúquia, filha de Buaçon, um mouro poderoso, senhor de muitas terras no Alentejo, que fortificou o castelo da vila para o dar como prenda de casamento a sua filha.
Tratou ela então de se casar com o mouro Brafama, senhor do Castelo de Arronche, a quem estava prometida. Porém, quando o noivo vinha para celebrar o casamento, tinha à sua espera, a uma légua da vila, emboscados nas matas, um grupo de fidalgos cristãos, acompanhados dos seis homens de confiança. E, sem dó nem piedade, mataram-no, a ele e aos mouros que vinham em sua companhia.
Terminada a matança, prosseguiram com um plano ardiloso para tomarem o castelo mouro. Despiram os cadáveres e vestiram as suas roupas para, com esse disfarce, conseguirem entrar no castelo sem serem reconhecidos. E assim foi.
Salúquia esperava-os na janela do castelo, aguardando ansiosa o seu noivo, e também ela caiu na cilada ao ordenar aos seus vassalos que abrissem as portas da fortaleza.
Os cristãos entraram e, tirando vantagem da surpresa, dominaram sem dificuldade todos quantos lhes fizeram frente. E Salúquia, ao aperceber-se do logro, e sabendo do seu noivo morto, para não ficar cativa dos cristãos, lançou-se para a morte do alto da torre do castelo.
Os cristãos tomaram o castelo e aproveitaram a festa de casamento já preparada para festejar a vitória.
Diz-se que, mais tarde, passou a chamar-se à vila de Moura para, de alguma forma, homenagear a coragem da moura Salúquia.
(Monarchia Lusitana IV, António Brandão, 1632)
O domínio cristão
O domínio cristão efetivou-se em 1232 e, a partir de 1295, Moura é definitivamente conquistada. Um pouco mais tarde, no reinado de D. Dinis, Moura recebe a sua primeira Carta de Foral (1295) e Carta de Feira (1302). Posteriormente, em 1512, D. Manuel concede nova carta de foral. Ainda nesse mesmo século, em 1554, recebe, por D. João III, o título de Notável Vila de Moura. Nesse momento, a vila era um dos principais aglomerados populacionais do sul do país, com 900 fogos de habitação e 3000 residentes.
Esta localidade teve uma grande importância geoestratégica no período da Reconquista Cristã e mesmo em épocas posteriores. Foi aqui, por exemplo, que se construiu o primeiro convento da Ordem dos Carmelitas em Portugal e em toda a Península Ibérica.
As recorrentes escaramuças com o reino vizinho obrigavam, pela proximidade da fronteira, a um controlo apertado do território em redor do castelo. Foi então necessário construir torres de vigia ou atalaias. Ainda hoje existem seis: Atalaia da Coutada, Atalaia do Alvarinho, Atalaia do Porto de Mourão, Atalaia da Casinha, Atalaia Gorda e, por fim, Atalaia Magra, sendo que esta última está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1986.
Moura foi elevada à categoria de Cidade em 1988.
Locais a visitar
O município de Moura tem dois monumentos classificados como monumentos nacionais: a Igreja de São João Batista e a Igreja de Santo Aleixo. Além disso, existem outros monumentos e conjuntos classificados como o Edifício dos Quartéis, a Igreja de São Pedro, a Mouraria, a Anta da Negrita, entre outros.
Mas as atrações turísticas de Moura não se ficam por aqui. Nesse sentido, passaremos a descrever alguns dos locais que melhor representam este bonito município, cheio de história para contar.
Castelo de Moura
Situado no cimo de uma colina, o castelo remonta, inicialmente, à Idade do Ferro, tendo sido ocupado sucessivamente por Romanos, Visigodos e Muçulmanos. Foi cenário de batalhas entre Árabes e Cristãos, tendo sido posteriormente reconstruído no domínio português no século XIII a mando de D. Dinis.
Localização: Calçada do Castelo (abrir mapa em nova janela)
Contacto: +351 285 250 400
Mais informações: Ficha do monumento no SIPA
Notas: É possível subir à Torre de Menagem
Igreja de São João Batista
O crescimento da população de Moura no século XV fez com que a Igreja de Santa Maria do Castelo não fosse suficiente para acolher tanto crente. Por esse motivo, a matriz foi transferida, em 1455, por ordem de D. Afonso V, para a Capela de São João Batista, localizada fora das muralhas.
Mesmo assim, esta capela não tinha dimensão suficiente e foi necessário alargá-la.
“A questão do espaço exíguo da nova matriz só viria a solucionar-se depois, no início do século XVI, quando em cerca de 1502 D. Manuel mandou edificar de raiz um novo templo, de feição manuelina, cuja planimetria obedece ao modelo utilizado na época em todo o país.” (SILVA, José Custódio Vieira, 1989, p. 121).
O interior do templo era dividido em três naves. Assim, a nave principal era só para o clero e nobreza e as naves laterais eram para o povo.
Destaca-se, na nave principal, um grande púlpito em mármore.
O teto desta igreja ruiu depois de acontecer o terramoto de Lisboa, em 1755.
Localização: Rua de Arouche, 3 (abrir mapa em nova janela)
Mais informações: Ficha do monumento no SIPA
Também conhecida igualmente por Igreja Matriz de Moura.
Igreja de Santo Aleixo
Existiu inicialmente, neste local, uma outra igreja, construída em 1626. No entanto, foi destruída nos primeiros anos da Guerra da Restauração. Em 1644 a igreja serviu de refúgio à população quando as muralhas da aldeia cederam à força invasora. É por isso que a freguesia, e a sua igreja, passou a chamar-se Santo Aleixo da Restauração.
A reconstrução da igreja ocorreu algum tempo depois, em 1683, resultando um templo simples, de nave única e planta retangular.
Pouco mais tarde, a igreja foi novamente atingida por invasores espanhóis. A nova reconstrução teve o mérito de ampliar a igreja para três naves, mantendo, no entanto, a capela-mor de acordo com o traço original.
Localização: freguesia de Santo Aleixo (abrir mapa em nova janela)
Mais informações: Ficha do monumento no SIPA
Também conhecida igualmente por Igreja Paroquial de Santo Aleixo da Restauração
Edifício dos Quartéis de Moura
Construção destinada inicialmente à habitação dos militares dos Regimentos de Infantaria e Cavalaria, aquartelados em Moura durante as Guerras da Restauração e Sucessão. Foi edificado no século XVII e é, assim, um exemplo genuíno da arquitetura tradicional alentejana. Note-se o efeito claro-escuro formado pela sua arcaria e o ritmo da fiada de chaminés.
Destaca-se particularmente, ao lado esquerdo, a Capela do Senhor Jesus dos Quartéis de Moura a quem os militares eram devotos.
Localização: Rua 1º de Fevereiro (abrir mapa em nova janela)
Museu de Arte Sacra (Igreja de São Pedro)
O Museu de Arte Sacra de Moura está instalado, atualmente e desde 2004, na Igreja de São Pedro. Dessa forma, este museu pretende dar a conhecer as peças fundamentais do património eclesiástico do concelho e arciprestado de Moura.
A Igreja de São Pedro foi construída em 1674, de acordo com a data existente no portal do templo. Em suma, é de arquitetura simples, com portal em granito, de linhas retas, onde existe um nicho que encima o portal, com a imagem de São Pedro, também em granito. Finalmente, no interior, o revestimento é feito com azulejos de padrão seiscentista polícromos e azulejos setecentistas, em tonalidades de azul, branco e com apontamentos de amarelo.
Localização: Rua da República (abrir mapa em nova janela)
Horário: De terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. Encerra à segunda-feira, dia 1 de janeiro, no Domingo de Páscoa e no 25 de dezembro.
Preço: O bilhete normal custa 1€ (2010).
Convento do Carmo
O Convento do Carmo de Moura, inicialmente chamado Mosteiro de Santa Maria, é um convento de Carmelitas da Antiga Observância localizado na freguesia de São João Baptista.
Foi o primeiro convento da Ordem dos Carmelitas, tanto em Portugal como em toda a Península Ibérica. Edificado em 1251, durante o reinado de D. Afonso III de Portugal. Tinha, inicialmente, como objetivo receber os capelães da Ordem dos Militares de São João de Jerusalém, regressados da Terra Santa, os quais receberam o convento justamente por doação dos cavaleiros desta Ordem militar.
Foi deste mosteiro que partiram os frades que fundaram o Convento do Carmo de Lisboa, a convite de D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável de Portugal, e posteriormente que partiram também os frades para as fundações dos Conventos do Carmo de Colares e da Vidigueira.
A igreja e o claustro do convento encontram-se classificados como Imóvel de Interesse Público desde 1944.
Localização:Avenida do Carmo (abrir mapa em nova janela)
Horário: Atualmente não está em condições de ser visitado. Está por recuperar.
Mouraria
Mouraria é um bairro onde, após a reconquista cristã, os mouros teriam que habitar se quisessem permanecer na povoação. Foi no ano de 1232 mas, ainda hoje, é perfeitamente reconhecível o traçado do bairro original.
É composto por três ruas longitudinais, denominadas Primeira, Segunda e Terceira Ruas da Mouraria, pela Travessa da Mouraria, e pelo Largo da Mouraria, na freguesia de São João Baptista, em pleno centro histórico da cidade. O rasgamento das ruas e o conjunto habitacional ainda conotado com a mouraria constitui um bairro de caraterísticas muito particulares, preservando boa unidade urbanística, ainda representativa do tecido urbano medieval, formado por uma rede densa de ruas estreitas e casinhas caiadas.
Localização:Diversas artérias da freguesia de São João Batista (abrir mapa em nova janela)
Museu Municipal de Moura
O Museu Municipal está instalado, desde 1993, no edifício do antigo celeiro comum. O espólio é eminentemente arqueológico, resultante, naturalmente, de prospeções arqueológicas levadas a cabo em zonas como o Castelo de Moura.
Destacam-se as peças da Idade do Ferro, a coleção de peças romanas, as lápides islâmicas, as cerâmicas modernas e, particularmente, um espólio de armaria que inclui punhais dos séculos XVI e XVII.
Localização:Rua da Romeira, nº 19 (abrir mapa em nova janela)
Contacto telefónico: +351 285 250 400
Horário: Aberto de terça a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30. Ao sábado e domingo o horário é das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h00. Encerra às segundas-feiras, no dia 1 de janeiro, na terça-feira de Carnaval e, finalmente, no dia 25 de dezembro.
Preço: Entrada gratuita.
Jardim Doutor Santiago
Jardim público de estilo vitoriano, onde a vegetação e a arquitetura conspiram assim, para que o visitante sinta essa harmonia. Ainda por cima, o plano elevado do jardim faz com que a vista sobre a planicie alentejana seja deslumbrante. Não raro se consegue avistar a barragem do Alqueva,
Dentro do recinto podemos encontrar as Termas, com águas minero-medicinais, sendo naturalmente indicadas para tratamentos de reumatismos e colites. Para além disso, encontra-se também o quiosque, o coreto, o parque infantil, a cascata, lagos, balneários, bebedouros, mesas e bancos. Finalmente, a fonte da Salúquia foi a ultima construção e remonta ao ano de 1927. Consulte o nosso artigo específico sobre o Jardim Doutor Santiago.
Localização:Na enconsta norte do castelo (abrir mapa em nova janela)
Município de Moura
Caraterização
O concelho de Moura está localizado a sudeste, na antiga província do Baixo Alentejo, fazendo fronteira com Espanha. Ocupa uma área de quase 960 Km2 e, em 2016, tinha 14161 habitantes, tendo assim uma densidade populacional de 14,75 habitantes/Km2.
Atualmente, o presidente da Câmara Municipal de Moura é Álvaro Azedo, eleito pelo Partido Socialista nas eleições autárquicas de outubro de 2017 com 48% dos votos (elegendo 4 vereadores em 7 possíveis). Acresce que a coligação CDU (Partido Comunista + PEV) elegeu os restantes três vereadores.
O feriado do município é o dia 24 de junho (ver outros feriados locais) e, por esse motivo, comemora-se o São João de uma forma mais efusiva.
A carta de foral que, inicialmente, cria o município de Moura foi atribuída por D. Dinis no ano de 1295.
Dados demográficos (evolução)
Números do município de Moura | 2001 | 2011 | 2016 | Variação (2001-2016) |
---|---|---|---|---|
População residente | 16.537 | 15.091 | 14.161 | -14,4% |
População jovem (mais de 15 anos) (%) | 15,6% | 15,9% | 15,3% | -1,9% |
População em idade ativa (15-65 anos) (%) | 61,8% | 61,5% | 62,3% | 0,8% |
População idosa (menos de 65 anos) (%) | 22,6% | 22,6% | 22,4% | -0,9% |
Índice de envelhecimento (idosos por cada 100 jovens) | 145,5 | 142,4 | 145,9 | – |
Indivíduos em idade activa por idoso | 2,7 | 2,7 | 2,8 | 3,7% |
Nascimentos | 177 | 148 | 128 | -27,7% |
Óbitos | 240 | 227 | 223 | -7,1% |
Saldo natural (diferença entre nascimentos e óbitos) | -63 | -79 | -95 | – |
Sociedades Constituídas | 19 | 29 | 17 | -10,5% |
Sociedades Dissolvidas | 2 | 21 | 10 | 400,0% |
Desempregados inscritos no centro de emprego | 996 | 1.088 | 1.308 | 31,3% |
Estimativa da taxa de desemprego (Desempregados inscritos por % população em idade ativa) | 9,7% | 11,7% | 14,8% | 52,6% |
Beneficiários do sub. de desemprego (em % pop. 15 ou mais anos) | 88 (0,6%) | 204 (1,6%) | 219 (1,8%) | 148,9% |
Ver análise completa da Pordata
Atualmente, após a reforma administrativa de 2013 que reduz o número de freguesias de praticamente todos os concelhos portugueses, Moura está dividido em cinco freguesias:
Freguesias de Moura
- Amareleja
- Moura (Santo Agostinho e São João Baptista) e Santo Amador – Agrupamento das freguesias mais urbanas
- Póvoa de São Miguel
- Safara e Santo Aleixo da Restauração
- Sobral da Adiça
Como chegar
A cidade de Moura está localizada a cerca de 55 Km para este da capital de distrito, Beja, bem como a 75 Km a sudeste da cidade de Évora.
Se vem do Porto, ou do norte do país, então deverá utilizar a A1 até à saída de Santarém (saída 6), continuar pela Circular Urbana de Santarém e entrar na A13. Depois, no nó da Marateca, deverá entrar na A6/IP7 e seguir até à saída de Évora. Continue, passando por Évora, pela Nacional 114 e depois pela N384 até chegar, finalmente à cidade de Moura. Informo, desde já, que o percurso totaliza quase 500 Km, e demora cerca de 5 horas.
Lisboa – Moura (210 km): Saíndo pela Ponte 25 de Abril siga pelo IP7. Na 5ª saída vá na direção de Évora pela N114. Atravessando Évora, siga por fim em direção a Moura pela N384.
Badajoz – Moura(115 km): Siga pela EX-107 em direção a Olivenza. Posteriormente continue até Villanueva del Fresno. Aqui, siga em direção a Portugal. Depois, atravessada a fronteira, continue pela N256-1 até Mourão. Siga pela EM517, atravesse a Póvoa de São Miguel e continue dessa forma até Moura pela N386.
Faro – Moura (205 km): Siga pelo IC4 na direcção de Vale da Fenda. Depois, continue pelo E01/IP1 na direcção Norte e Oeste. Posteriormente siga, na 12ª saída, na direcção de Castro Verde/Beja pelo IP2. Atravesse Beja e continue no IP2 até à Vidigueira. Aqui, siga finalmente pela N258 até Moura.
Estado do tempo e clima típico
O clima caraterístico da cidade de Moura é, à semelhança da região onde está inserida, quente e temperado. Com uma temperatura média anual de perto de 17ºC, ultrapassa facilmente os 30ºC no mês mais quente, o Agosto. Por outro lado, no mês mais frio, Janeiro, atinge valores mínimos diários de 9.6ºC.
O verão é particularmente seco. A precipitação em julho e agosto, por exemplo, mal chega aos 3mm. Novembro, dezembro e janeiro são, naturalmente, os meses mais chuvosos. Mesmo assim, a média mensal desses meses mais húmidos ronda os 75 mm que, por exemplo, comparando com os 150mm de Braga, é muito pouco.
Assim, deixamos aqui a previsão metereológica dos próximos três dias para o concelho de Moura.
Economia
O setor económico que, inicialmente, prevalecia na região de Moura era o setor primário, ou seja, a agricultura e pecuária. Melhor dizendo, até meados dos anos 80, quase metade da população ativa trabalhava na agricultura. Este domínio foi decaindo até que, atualmente, andará por volta dos 15%.
Dentro do setor primário, a principal atividade é a olivicultura, sendo o azeite aqui produzido de reconhecida qualidade. Azeite de Moura é uma DOP, denominação de origem protegida (Despacho n.º 8/94), estando a utilização desse nome, nesse sentido, atribuída à Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos.
Assim, os postos de trabalho que se foram perdendo no setor agrícola foram compensados pelo dinamismo crescente do setor terciário (comércio e serviços).
Por fim, relativamente ao setor secundário, Moura tem um tecido industrial praticamente inexistente. A indústria que existe é muito apoiada no setor primário, ou seja, faz a transformação dos produtos agrícolas e associados. O azeite, a azeitona de conserva, o vinho, os enchidos e o queijo são os melhores exemplos da atividade industrial do concelho.
Centro de Acolhimento de Microempresas
A Câmara Municipal tem disponível um centro de acolhimento de microempresas para, dessa forma, ajudar os empreendedores a darem os primeiros passos na criação do seu negócio. É uma instalação que disponibiliza as estruturas básicas administrativas, essenciais a qualquer tipo de negócio. Os utilizadores deste centro poderão, por exemplo, utilizar salas de formação e salas de reuniões. Terão igualmente acesso a serviços como assistência contabilística e fiscal, processamento de salários, consultoria em gestão, etc.
Informações úteis para quem visita
O contacto principal para qualquer emergência (acidente, incêndio, etc) é o número 112 mas, no entanto, existem outros contactos, igualmente importantes, de instituições da região que podem ser úteis durante a sua visita.
- Dessa forma, informamos que a Câmara Municipal de Moura está localizada na Praça Sacadura Cabral (abrir mapa) e o telefone é o +351 285 250 400.
- Existe igualmente um serviço de Receção ao Turista no Castelo de Moura (abrir mapa), com o contacto +351 285 251 375.
- Naturalmente, poderá ter que utilizar o serviço de correios dos CTT, ficando a Loja CTT mais central na Rua 5 de Outubro (ver mapa).
- Assim, se precisar de uma farmácia poderá deslocar-se até à Farmácia Nova, na Avenida dos Bombeiros Voluntários, nº 22 (ver no mapa), com o telefone +351 285 253 953 que está aberta das 8:30 às 20:00h.
- Além disso, se necessitar de algum serviço dos bombeiros, saiba que estes se situam na Avenida dos Bombeiros Voluntários de Moura, nº 24 (ver no mapa), e o contacto é +351 285 250 250.
- Se a sua urgênca for um caso de polícia, poderá imediatamente contactar a GNR (Guarda Nacional Republicana) no Largo de São Francisco (ver no mapa) ou pelo telefone +351 285 200 080.
Comer bem em Moura
É algo aceite a priori que, de uma maneira geral, no Alentejo come-se bem. Podemos afirmar do mesmo modo que, na cidade de Moura, essa premissa também é verdadeira. Para que verifique desde já esta afirmação, deixamos-lhe algumas sugestões de bons restaurantes deste simpático município.
Taberna do Liberato
É um espaço pequeno e, por esse motivo, recomenda-se reserva de mesa antecipada. Poderá fazê-lo imediatamente para o número +351 926 985 668 ou, simplesmente, deslocar-se até à Segunda Rua da Mouraria (ver no mapa) e esperar que haja uma mesa disponível.
Serve pratos típicos regionais e tapas elaboradas com queijos e enchidos locais. Ainda por cima tem uma razoável garrafeira de vinhos alentejanos para acompanhar, da melhor maneira, as iguarias regionais.
Lema da casa: «Sorria, você está na mouraria!»
Atenção, saiba a priori que este restaurante encerra aos domingos.
Restaurante O Vermelhudo
Local simpático, com decoração para nos fazer sentir bem acolhidos e confortáveis.
Experimente, por exemplo, a carne de porco preto com migas, polvo à lagareiro ou a sopa de cação. Está localizado na Rua da Latoa, nº 1 (ver mapa) e o telefone é +351 968 483 023.
Tenha em atenção que o restaurante O Vermelhudo encerra, igualmente, ao domingo para descanso de pessoal.
Restaurante O Encalho (Amareleja)
Fica situado na freguesia da Amareleja, na Rua Catarina Eufémia, nº 43 (ver mapa) e poderá reservar antes pelo telefone +351 936 219 065. Serve pratos tipícos do alentejo como, por exemplo, as migas com entrecosto ou o ensopado de borrego. Uma sobremesa particularmente saborosa é o Ensopado de Noz com Mel. Uma receita secreta que só irá provar no Encalho, melhor dizendo, terá que aqui vir para se deliciar com este diferente tipo de ensopado.
A saber, encerra à segunda-feira e, ao domingo, só serve almoços.
Onde ficar alojado
Não pode esquecer que, mais tarde, terá que fazer uma pausa na sua visita a Moura para descansar. Sugerimos aqui alguns hotéis confortáveis e de preço acessível.
Hotel de Moura
O Hotel de Moura está localizado num magnífico edifício do século XVII, bem no centro da cidade. Poderá, dessa forma, passear a pé por toda a cidade. Os quartos são espaçosos assim como as camas, grandes e confortáveis, decorados com móveis antigos, mas com todas as comodidades do mundo moderno.
Os hóspedes que já aqui estiveram destacaram particularmente a excelente relação preço qualidade. Poderá verificar a disponibilidade de quartos de acordo com a data que pretende fazer a sua visita aqui.
Hotel Passagem do Sol
O Hotel Passagem do Sol está localizado em Moura, no Largo José Maria dos Santos, nº 40. É um hotel tipicamente alentejano e, por isso, apresenta uma bonita, mas simples, decoração tradicional.
Os quartos são climatizados e possuem uma casa de banho com secador de cabelo e produtos de higiene pessoal gratuitos. Assim, todas as manhãs é servido um variado buffet de pequeno-almoço na sala de jantar do hotel. Poderá verificar imediatamente se existe disponibilidade para as suas datas aqui.
Hotel Santa Comba
Situado num edifício apalaçado do século XIX, perto do Castelo de Moura, o Santa Comba dispõe de quartos com todas as comodidades como acesso Wi-Fi gratuito, TV por cabo, bem como um cofre e até secretárias. Em suma, poderá descansar mas também poderá trabalhar confortavelmente nestes quartos.
Mais tarde, no dia seguinte, o buffet de pequeno-almoço é servido no espaçoso salão, sob um teto alto e com uma decoração rica.
A relação preço qualidade está, igualmente, acima da média.
Finalmente, é de destacar a simpatia dos proprietários e de todo o staff que tornam a estadia ainda mais agradável.
Assim, para conhecer todos os pormenores, verificar disponibilidade e saber preços clique aqui (booking.com).
Bibliografia e outras referências
- Site da Câmara Municipal de Moura
- PORDATA – BI dos Municípios – Moura
- Eleições Autáquicas 2017 – mai.gov.pt
- Monarchia Lusitana IV, António Brandão, 1632
- Booking.com
- Google Maps
- TripAdvisor
- SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitectónico – monumentos.gov.pt
Do mesmo modo que este guia o ajudou, temos outros semelhantes para si. Poderá gostar particularmete da cidade de Elvas, também no Alentejo. Mas, se quiser conhecer um Portugal diferente mas igualmente bonito, consulte o nosso guia de Barcelos ou mesmo o de Esposende, em pleno Minho verdejante.
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