O Palácio Nacional da Pena é uma das expressões máximas do Romantismo português.
Este extraordinário monumento deve-se inteiramente à iniciativa de Dom Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, que desposou a Rainha D. Maria II, em 1836.
Dotado de uma educação muito completa, o futuro Dom Fernando II enamorou-se rapidamente de Sintra e, ao subir a Serra pela primeira vez, avistou inesperadamente as ruínas do antigo convento de frades hieronimitas.
Em síntese, com o Terramoto de 1755, que devastou Lisboa e toda a região circundante, o convento da Pena caiu em ruína. Apenas a Capela, na zona do altar-mor, com o magnífico retábulo em mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne, permaneceu intacto.
Com efeito, foram estas ruínas, no topo escarpado da Serra de Sintra, que maravilharam o jovem príncipe Dom Fernando. Dessa forma, em 1838, decidiu adquirir o velho convento, toda a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e outras quintas e matas circundantes.
Assim, deu início ao seu sonho romântico: reconstruir o antigo convento e anexar-lhe uma parte nova para complemento desta residência de verão da família real portuguesa.
Clique a fim de abrir um mapa com o Palácio Nacional da Pena.
Caraterísticas do Palácio
Em resumo, o mosteiro original com traça de raiz manuelina, foi reconstruído para desempenhar a função de Palácio.
É, assim, composto por igreja com torre sineira e Claustro, à volta do qual se dispunham o Refeitório, a Casa do Capítulo, Dormitório e demais dependências conventuais. Além disso, a igreja tem planta longitudinal, com nave única e capela-mor da mesma largura, com Coro e Sacristia adossados transversalmente, todos com coberturas de abóbadas polinervadas.
Revestimentos parietais de azulejos enxaquetados, em ponta de diamante, e tipo tapete. Claustro quadrangular contrafortado, de 2 pisos conjugando arcadas plenas e rebaixadas.
O primitivo conjunto manuelino integra-se no Palácio, de concepção romântica e carácter eminentemente cenográfico. Assume fortes influências de castelos e palácios alemães, em termos de composição volumétrica. Da mesma forma, conjuga inúmeros estilos arquitectónicos e decorativos, desde sugestões orientais, torres neo-góticas, elementos neo-românicos, neo-renascentistas, neo-manuelinos e arabizantes, formando assim um castelo com fosso, caminho de ronda e vários torreões que circundam a construção.
O que vai visitar a seguir?
Se vai até Sintra, decerto irá querer visitar também o Palácio Nacional de Queluz. Mas, se pretende navegar para outras paragens, visite a cidade de Chaves, no outro extremo de Portugal.
Referências
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